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terça-feira, 5 de abril de 2011

Bactérias patogênicas: Shigella spp. / Sigueloses

SHIGELLA SPP./SIGUELOSES



1. Descrição da doença - doença bacteriana aguda que envolve o intestino delgado, conhecida como disenteria bacilar. Caracteriza-se por dor abdominal e cólicas, diarréia com sangue, pus ou muco; febre, vômitos e tenesmo. Em alguns casos a diarréia pode ser líquida. Geralmente, trata-se de infecção auto-limitada, durando de 4 a 7 dias. Em crianças jovens, convulsão pode ser uma complicação grave. As infecções graves estão associadas a uma ulceração da mucosa, com sangramento retal e dramática desidratação. Algumas cepas são responsáveis por uma taxa de letalidade de 10 a 15% e produzem uma enterotoxina tipo Shiga (semelhante à verotoxina da E. coli O157:H7), podendo causar a síndrome hemolítico-urêmica (SHU), a Doença de Reiter e artrite reativa. A dose infectiva é cerca de 10 células dependendo das condições de saúde do hospedeiro e idade.



2. Agente etiológico - Shigella spp.: Shigella sonnei, Shigella boydii, Shigella flexneri e Shigella dysenteriae. É um gram-negativo, tipo bacilo, não mótil, e não formador de esporos.



3. Ocorrência - distribuição mundial. Estima-se que shiguelose é responsável por cerca de 600.000 mortes no mundo; cerca de dois terços dos casos e a maioria de mortes ocorre em crianças menores de 10 anos de idade. Ocorre em locais com precárias condições de higiene e problemas de saneamento básico; é endêmica em países em desenvolvimento e de clima tropical, especialmente, as espécies S. sonnei e S. dysenteriae. No estado de São Paulo, 2 a 5% dos surtos de Doenças Transmitidas por Alimentos/Água notificados ao CVE são por Shigella envolvendo em média, 300 pessoas por ano.



4. Reservatório - o principal reservatório são os seres humanos. Raramente ocorre em animais, tendo sido descritos surtos prolongados em primatas tais como macacos e chimpanzés.

5. Período de incubação - de 12 a 50 horas, em média de 1a 3 dias, e cerca de 1 semana para a S. dysenteriae 1.



6. Modo de transmissão - via fecal-oral. Portadores do patógeno podem transmitir a infecção devido às mãos mal lavadas, unhas sujas de matéria fecal após defecação, contaminando alimentos e objetos que podem favorecer a disseminação da infecção. Água e leite podem ser contaminados por fezes provocando a infecção. Moscas carregam o patógeno para os alimentos a partir de latrinas e de disposição inadequada de fezes e esgotos. Alimentos expostos e não refrigerados constituem um meio para sua sobrevivência e multiplicação. Ambientes fechados como creches, hospitais e similares são propícios para a disseminação da doença.



7. Susceptibilidade e resistência - geral. Mais grave em crianças e em idosos debilitados e desnutridos e em pacientes com AIDS. O aleitamento materno protege as crianças.



8. Conduta médica e diagnóstico - a bactéria pode ser identificada através de cultura de fezes.



9. Tratamento - o tratamento consiste de hidratação oral ou venosa. Antibióticos podem ser utilizados dependendo da gravidade da doença.



10. Alimentos associados - todo o tipo de alimento, principalmente, muito manipulado por mãos mal lavadas de portadores sem higiene. Água contaminada por fezes e manipuladores sem higiene são a causa mais comum de contaminação alimentar e surtos por essa bactéria.



11. Medidas de controle - 1) notificação de surtos - a ocorrência de surtos (2 ou mais casos) requer a notificação imediata às autoridades de vigilância epidemiológica municipal, regional ou central, para que se desencadeie a investigação das fontes comuns e o controle da transmissão através de medidas preventivas (detecção de práticas inadequadas na cozinha e de falta de higiene pessoal/lavagem das mãos; verificação de contaminação fecal de água e outros alimentos; medidas educativas, entre outras). Orientações poderão ser obtidas junto à Central de Vigilância Epidemiológica - Disque CVE, no telefone é 0800-55-5466. 2) medidas preventivas – educação sanitária; saneamento básico; higiene rigorosa pessoal para os manipuladores de alimentos, com ênfase na lavagem das mãos e procedimentos rigorosos de limpeza em ambientes/instituições fechadas. 3) medidas em epidemias – investigação do surto e detecção da fonte de transmissão. Orientações básicas sobre higiene pessoal e medidas sanitárias gerais.





12. Bibliografia consultada e para saber mais sobre a doença



1. AMERICAN PUBLIC HEALTH ASSOCIATION. Control of Communicable Diseases Manual. Abram S. Benenson, Ed., 16 th Edition, 1995, p. 421-425.

2. FDA/CFSAN (2003). Bad Bug Book. Shigella spp. URL: http://www.cfsan.fda.gov/~mow/chap19.html





Texto organizado por na Divisão de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar, março 2003.

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