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terça-feira, 5 de abril de 2011

Bactérias patogênicas: Brucella sp - Brucelose

BRUCELLA SP./BRUCELOSE

1. Descrição da doença - enfermidade bacteriana generalizada de começo agudo ou insidioso, caracterizada por febre continua, intermitente ou irregular, de duração variável, debilidade, cefaléia, suor profuso, perda de peso e mal estar generalizado. Às vezes, surgem infecções localizadas supurativas, e são freqüentes infecções subclínicas e não diagnosticadas. As complicações osteoarticulares são comuns.

2. Agente etiológico - Brucella abortus, biotipos 1-6 e 9; B. melitensis, biotipos 1-3; B. suis, biotipos1-5, e B. canis.

3. Ocorrência - a distribuição da doença é mundial, especialmente nos países mediterrâneos da Europa, no norte e oeste da África, na Índia, Ásia Central, México, América Central e América do Sul. As fontes de infecção e o agente etiológico variam com a zona geográfica. É uma doença predominante de pessoas que trabalham com animais infectados e seus tecidos, em especial os granjeiros, veterinários e trabalhadores de matadouros, e mais freqüente nos homens. Surgem casos esporádicos e surtos entre consumidores de leite e alimentos lácteos não pasteurizados de vacas, ovelhas e cabras (especialmente queijos). São conhecidos casos isolados de infecção por B. canis em pessoas que mantêm contato com cães. A incidência atualmente nos Estados Unidos é de menos de 100 casos ao ano. No Brasil é subdiagnosticada e subnotificada.

4. Reservatório - entre os reservatórios humanos da infecção incluem o gado bovino e suíno, cabras e ovelhas. Pode afetar cães, coiotes. B. canis constituí um problema em colônias caninas de laboratório e em canis; uma porcentagem pequena de cães domésticos e uma proporção elevada de cães de rua tem títulos positivos de anticorpos contra B. canis.

5. Período de incubação - período de incubação é variável; podem ser de 5 a 60 dias, e é freqüente que seja de um a dois meses e às vezes, de vários meses.

6. Modo de transmissão - a transmissão ocorre através do contato com tecidos, sangue, urina, secreções vaginais, fetos abortados e em especial placenta, e por ingestão de leite cru e produtos lácteos (queijos) provenientes de animais infectados. Os animais podem ser infectados através do ar nos currais e estábulos, e o homem, no laboratório e matadouros.

7. Susceptibilidade e resistência - a gravidade e a duração do quadro clínico são variáveis. Não se conhece a duração da imunidade adquirida.

8. Conduta médica e diagnóstico - o diagnóstico laboratorial se faz pelo isolamento apropriado do agente infeccioso do sangue, da medula óssea ou outros tecidos, ou de secreções do doente. As provas sorológicas são importantes meios de diagnóstico. As provas que medem a IgG podem ser úteis, em particular nos casos crônicos. Para os anticorpos contra B. canis são necessárias técnicas sorológicas específicas.

9. Tratamento - o tratamento indicado é uma combinação de rifampicina (600 a 900 mg), e doxiciclina (200 mg/dia) durante seis semanas. Na medida do possível deve-se evitar o uso de tetraciclina nas crianças menores de 7 anos. Nos pacientes graves pode-se administrar esteróides para combater a toxicidade generalizada. As recaídas são observadas em cerca de 5% dos pacientes tratados e não dependem de microorganismos resistentes; esses casos devem se submetidos novamente ao tratamento original. Podem surgir artrites nos casos recorrentes e às vezes é necessário o uso de corticóides.

10. Medidas de controle - 1) notificação de surtos - a ocorrência de surtos (2 ou mais casos) requer a notificação imediata às autoridades de vigilância epidemiológica municipal, regional ou central, para que se desencadeie a investigação das fontes comuns e o controle da transmissão através de medidas preventivas (interdição de produtos sem pasteurização, medidas educativas entre outras). Orientações poderão ser obtidas junto à Central de Vigilância Epidemiológica - Disque CVE, no telefone é 0800-55-5466. 2) medidas preventivas – a infecção é prevenida pela educação da população para que não se consuma leite cru e derivados de leite sem pasteurização; educação dos granjeiros e dos trabalhadores de matadouros a respeito da natureza da enfermidade e do risco de manipular carnes ou produtos de animais potencialmente infectados; funcionamento apropriado dos matadouros para minimizar a exposição ou contato; aplicação de provas sorológicas nos animais suspeitos e eliminação dos animais infectados. Os produtos de origem animal como o leite e os produtos lácteos de vacas, ovelhas e cabras devem ser pasteurizados. Deve-se ter cuidado no manejo e na eliminação da placenta, secreções e fetos dos animais abortados. A desinfecção das zonas contaminadas também deve ser feita. 3) medidas em epidemias – deve ser feita a busca do veículo comum da infecção, que normalmente seria o leite não pasteurizado e seus derivados, especialmente o queijo, provenientes de rebanho infectado. Deve-se reunir ou confiscar os produtos suspeitos e interromper a sua produção e distribuição, ao menos que estes sofreram pasteurização.

11. Bibliografia consultada e para saber mais sobre a doença

AMERICAN PUBLIC HEALTH ASSOCIATION. Control of Communicable Diseases Manual. Abram S. Benenson, Ed., 16 th Edition, 1995, p. 71-74.

CDC. Brucellosis. http://www.cdc.gov/ncidod/dbmd/diseaseinfo/brucellosis_g.htm



Texto organizado por Danilo de Souza Maltez - aluno de Medicina Veterinária da Faculdade Metodista, estagiário voluntário na Divisão de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar, ano 2002.

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