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terça-feira, 5 de abril de 2011

Bactérias patogênicas: Listeria monocytogenes

LISTERIA MONOCYTOGENES/LISTERIOSE



1. Descrição da doença - listeriose é a denominação de um grupo geral de desordens causadas pela L. monocytogenes que incluem septicemia, meningite (ou meningoencefalite), encefalite, infecção cervical ou intra-uterina em gestantes, as quais podem provocar aborto (no segundo ou terceiro trimestre) ou nascimento prematuro. Outros danos podem ocorrer como endocardite, lesões granulomatosas no fígado e outros órgãos, abscessos internos ou externos, e lesão cutânea papular ou pustular. Essas desordens comumente são precedidas por sintomas semelhantes ao da gripe com febre persistente. Sintomas gastrointestinais como náusea, vômitos e diarréia, podem preceder ou acompanhar as manifestações mais graves da doença. A taxa de letalidade em recém-nascidos é de 30%; em adultos (sem gravidez) é de 35%; em torno de 11% para < 40 anos e 63% para > 60 anos. Quando ocorre septicemia, a taxa de letalidade é de 50% e com meningite pode chegar a 70%.



2. Agente etiológico - L. monocytogenes. É um gram-positivo mótil, que causa infecções em humanos por serovars I/2a, I/2b e 4b. A dose infectiva é desconhecida, mas, acredita-se, variar conforme a cepa e a susceptibilidade da vítima. Em casos contraídos através de leite pasteurizado ou cru afirma-se que em pessoas suscetíveis, menos de 1.000 organismos podem causar a doença.



3. Ocorrência - trata-se de infecção usualmente não diagnosticada com uma incidência de 4,5 casos - hospitalizados - por 1 milhão de habitantes (dados dos EEUU). No Brasil é subdiagnosticada e subnotificada. Infecções assintomáticas provavelmente ocorram em todas a idades, embora, sejam de importância, apenas na gravidez.



4. Reservatório - o principal reservatório do organismo é o solo, lodo, forragem e água. Alguns estudos sugerem que 1-10% de humanos podem carregar no intestino a L. monocytogenes. Foi encontrada em pelo menos 37 espécies de mamíferos (domésticos e selvagens), 17 espécies de pássaros e em algumas espécies de peixes e frutos do mar. É resistente aos efeitos do congelamento, secagem e calor, ainda que seja uma bactéria não formadora de esporos. Infecções em raposa produzem uma encefalite simulando a raiva. Queijos em processo de maturação podem constituir meio para o crescimento de Listeria e são freqüentemente a causa de surtos.



5. Período de incubação - variável; casos de surtos apresentaram um período de 3-70 dias após uma simples exposição ao produto implicado. Período mediano de incubação é estimado em 3 semanas.



6. Modo de transmissão - surtos registrados mostraram estar associados à ingestão de leite contaminado (pasteurizado de fontes não seguras ou cru), queijos, sorvetes, água, vegetais crus, patês de carnes, molhos de carne crua fermentada, aves crus ou cozidas, peixes (inclusive defumados) e frutos do mar. Uma importante parcela de casos esporádicos é devida à transmissão alimentar. Lesões em mãos e braços podem ocorrer por contato direto com material infeccioso. Em infecções neonatais, o microrganismo pode ser transmitido da mãe para o feto no útero ou no canal do parto ao nascimento. Surtos em enfermeiras por contato com equipamento ou material contaminado têm sido raros.



7. Susceptibilidade e resistência - os principais grupos suscetíveis são: mulheres grávidas e fetos, com infecções neonatal e perinatal; pessoas imunossuprimidas devido à utilização de medicamentos como corticosteróides, drogas para câncer, para transplantados; pacientes com leucemia, câncer e AIDS; diabéticos, cirróticos, asmáticos e os com colite ulcerativa; idosos e pessoas normais fazendo uso de antiácidos ou cimetidina. Há alguma evidência de que a doença confira imunidade.



8. Conduta médica e diagnóstico - o diagnóstico é feito pelo isolamento do agente infeccioso no líquor, sangue, líquido amniótico, placenta, meconium, lavado gástrico ou fezes (embora este último seja difícil e de pouco valor).



9. Tratamento - o tratamento com penicilina ou ampicilina, juntas ou isoladas, com aminoglicosídeos. Cefalosporinas não são efetivas. Recomenda-se para pacientes alérgicos às penicilinas o uso de Trimetoprim/Sulfametoxazol (TMP/SMX). Observou-se recentemente resistência às tetraciclinas.



10. Alimentos associados - queijos, leite, carnes, peixes, frutos do mar e outros. Os métodos para análise de alimentos são complexos e demorados. Exames usuais levam de 24 a 48 horas para o preparo do meio, com uma variedade de testes, exigindo para sua conclusão, de 5 a 7 dias. Técnicas avançadas em biologia molecular podem simplificar os testes e reduzir o tempo para a confirmação de suspeitos.



11. Medidas de controle - 1) notificação de surtos - a ocorrência de surtos (2 ou mais casos) requer a notificação imediata às autoridades de vigilância epidemiológica municipal, regional ou central, para que se desencadeie a investigação das fontes comuns e o controle da transmissão através de medidas preventivas (interdição de produtos, medidas educativas, entre outras). Orientações poderão ser obtidas junto à Central de Vigilância Epidemiológica - Disque CVE, no telefone é 0800-55-5466. 2) medidas preventivas – gestantes devem evitar contato com animais em fazendas onde tenham ocorrido óbitos de animais ou abortos; devem ingerir alimentos cozidos e preparados diariamente; só consumir carne e leite pasteurizado de fontes seguras e queijos irradiados; evitar ingerir vegetais crus e de plantações com procedimentos não seguros; lavar e desinfetar os vegetais crus; orientações para fazendeiros e veterinários quanto às precauções em relação aos abortos e mortes de animais. 3) medidas em epidemias – investigação de surto para identificação da fonte comum de infecção e prevenção de futuras exposições à fonte.





12. Bibliografia consultada e para saber mais sobre a doença



AMERICAN PUBLIC HEALTH ASSOCIATION. Control of Communicable Diseases Manual. Abram S. Benenson, Ed., 16 th Edition, 1995, p. 270-273.

FDA/CFSAN (2003). Bad Bug Book. Listeria monocytogenes. URL: http://www.cfsan.fda.gov/~mow/chap6.html






Texto organizado por na Divisão de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar, março de 2003.

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